Os 36 vereadores já gastaram R$ 3.884.868,43 em
2025. Márcio Bins Ely (PDT), José Freitas (Republicanos) e Giovani e Coletivo
(PcdoB) foram os que mais gastaram. PDT lidera no comparativo entre os gastos
de bancadas.
Em consulta ao Portal da Transparência
da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, verificou-se que ao longo deste ano os 36
vereadores da capital já gastaram R$ 3.884.868,43
R$.
Segundo a Resolução 1.576/2001,
cada membro do Poder Legislativo Municipal possui verba mensal destinada a
custear material de expediente, cópias reprográficas, serviços gráficos, uso de
veículo particular, postagens, telefone móvel e fixo, periódicos, custo de
aquisição de software, passagens, diárias, ponto de rede, microcomputador
adicional, pintura e alteração do gabinete.
Os vereadores Márcio Bins Ely
(PDT), José Freitas (Republicanos) e Giovani e Coletivo (PcdoB) foram os que
mais gastaram até outubro de 2025. Márcio Bins Ely gastou R$ 82.883,03, José
Freitas gastou R$ 65.187,25 e Giovani e Coletivo gastaram R$ 54.507,35.
Por óbvio que o gasto individual,
por si só, não é parâmetro para avaliar a atuação e a qualidade de cada
parlamentar, pois a depender da concentração ou dispersão da base eleitoral, o
gasto por gabinete pode variar. Contudo, um fato chama bastante atenção.
O PDT possui apenas 1 (um) vereador
e lidera, não só o gasto individual, como também o gasto por bancada. Sozinha, a
bancada do partido gastou R$ 7.518,94, seguida pelas bancadas do PT (R$ 1.926)
e PCdoB (R$ 1.745,80). Uma bancada
composta por apenas um vereador gastou mais do que o dobro do valor gasto por duas
bancadas que somam sete vereadores. Se incluir toda a oposição, a exemplo do
gasto do PSOL (R$ 334,97), que possui 05 (cinco) vereadores, a situação fica
ainda mais constrangedora.
Exige especial atenção da sociedade o gasto
com o dinheiro público, sobremaneira dos representantes eleitos. Em uma
democracia, a transparência deve ser a regra e não a exceção, por isso que na
teoria democrática moderna o conceito de accountability se torna central.
O termo não possui uma tradução precisa, mas diz respeito à obrigação de
prestar contas, seja a um órgão de controle, ao Congresso, à sociedade ou aos eleitores.
Nesse sentido, parece que os vereadores estão precisando prestar contas, não só pelos tiros de bala de borracha e spray de pimenta contra cidadãos que sustentam salários de políticos, como também pelo destino que se dá ao dinheiro do contribuinte. Não é de hoje que o autoritarismo e a má gestão marcam presença na Câmara de Vereadores, quadro que tem se agravado pela baixíssima qualidade política da atual presidência, que prefere carros de luxo do que a presença do povo fiscalizando a atuação do parlamento.
Gasto por gabinete
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